sábado, 27 de setembro de 2008

Máximas

Se apenas a sensação de ser incoveniente me faria refrear os modos, o que achas que faria a certeza comigo ?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Monochrome

"Anyway, I can try
Anything it's the same circle
That leads to nowhere and I'm tired now.

Anyway, I've lost my face,
My dignity, my look,
Everything is gone
And I'm tired now.

But don't be scared,
I found a good job and I go to work
Every day on my old bicycle you loved.

I am pilling up some unread books under my bed
And I really think I'll never read again.

No concentration,
Just a white disorder
Everywhere around me,
You know I'm so tired now.

But don't worry
I often go to dinners and parties
With some old friends who care for me,
Take me back home and stay.

Monochrome floors, monochrome walls,
Only absence near me,
Nothing but silence around me.
Monochrome flat, monochrome life,
Only absence near me,
Nothing but silence around me.

Sometimes I search an event
Or something to remind,
But I've really got nothing in mind.

Sometimes I open the windows
And listen people walking in the down streets.
There is a life out there."

Melodia tão penetrante! Ah, vida tão massante, monocromática..

sábado, 13 de setembro de 2008

Diálogos

- Fer, vc age como aquela frase de uma música do Caetano: "Narciso acha feio o que não é espelho". Qual é o nome daquela que fala sobre São Paulo?
- É, tens razão...
- Qual o nome da música?!
- Sampa, mas a frase é de Podres Poderes, HA!
- Não é não!
- Ah é, tens razão.

haha
Como eu amo conversar com essa garota! Percebi algo que já pensava sobre, afinal o Dali está não esta ai por acaso..

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

No mundo não há pessoas como eu, há sim, pessoas que não se interessam pelo que eu sou.

Deveras, amo as madrugadas! Quando as luzes minguam, quando as pessoas que desfrutam de uma vida de verdade ou não vão dormir, quando o tempo silencia e as minhas confidências começam... Estava pensando nisso, conversando com um amigo, certos questionamentos afloraram; exatamente sobre isso: o ato de confessar. Obviamente que não começarei aqui a explanar sobre meus segredos mais íntimos (mais pessoas do que eu pensava lêem isso aqui), infelizmente a experiência me ensinou o quão contra-indicado isto é; portanto não é sobre o que confessar e sim sobre o ato em si que quero falar. Confissão é uma forma de expressão e o que é expressão? Segundo o dicionário é o ato de expressar-se; dar a entender, dar a conhecer algo, revelar, logo, expressar significar, antes de tudo, tornar conhecido algo. Para mim isso quase sempre foi tornar sabido algo que se pretendia esconder, sendo assim, chegamos ao cerne do texto e não ao seu fim como minhas pálpebras gostariam... No final eu nunca vou chegar à certeza, vou sempre me refugiar na duvida e todo esse inquerimento etimológico só vai servir pra eu descobrir o que eu já sei: eu vou ser sempre aquele mesmo garoto...
Por que é tão difícil para eu expor algo que sinto, de fato, nem é tudo, algumas coisas largo a público com a maior facilidade, porém quase sempre são resultados da minha insatisfação, do meu egoísmo, da minha inconstância, em suma daquilo que mais vil os seres humanos tem a oferecer. E todo resto, vcs perguntam, pra onde vai? Eu guardo, eu reprimo, eu esqueço; a última “opção” é com certeza a mais difícil, em função, claro, dessa memória prodigiosa para reminiscências ingratas da qual eu fui dotado e para a qual a ação de recordar é involuntária. Então da mesma forma que se lembrar me é doloroso, compartilhar com os outros me parece mil vezes pior, mesmo assim sinto necessidade do mesmo. Este blog é uma resposta para isso, uma válvula de escape que pretendo eu, me fará suportar mais alguns anos sem enlouquecer. Talvez esse seja o meu fim mais certo e seria nobre da minha parte aceita-lo de vez, mas eu não posso viver só de talvezes.
Será que alguém pode viver assim, se escondendo? Eu sou o eterno curioso, dono das mil críticas, me conhecer significa me ouvir reclamar. Já exaltaram essa qualidade em mim e eu insisto em credita-la como benéfica, enxergar nela um caminho para soluções, inshallah! Mas tudo isso é sobre o mundo no qual eu vivo: meu persistente debate com o externo, mas minha primeira impressão já deixa isso patente, às vezes até de forma rude eu marco minha presença, no entanto, não é isso neste instante o que me inculca. Talvez essa dissimulação seja nada mais do que minha tendência natural para demover meu coração destas intenções; aparecer em público, para ele, é impensável. Discorrer sobre um labirinto onde o fio de Ariadne não vai me salvar; nada, não vejo luz nem mesmo na penumbra dessas linhas reticentes-linhas reticentes...
O que me incomoda? Será a vulnerabilidade do confessionário, será o sossego do ouvinte, será o descompromisso das más línguas? Tenho tantas memórias lúcidas a relatar, tantos traumas a entronizar, tantas improbidades a comungar; não posso começar com a certeza que carrego, da agonia e da tortura em sentir o ressentimento por um feito impensado! Oh, eterna desventura de viver, só é preciso traquejo social, dizem, ham. Dói; eu juro sobre a contundência dessa ferida, não consigo e não quero tentar! Mortificar a alma, uma existência ascética talvez me fizesse eliminar o desejo, afinal é ele que move as ações humanas, não?
Uma vez eu disse pra mim mesmo, estar com outra pessoa é a possibilidade de contar com alguém para descarregar todas as verdades e até hoje não encontrei a tal criatura, deve estar aonde eu menos imagino, onde eu nunca vou encontrar; no mundo não há pessoas como eu, há sim, pessoas que não se interessam pelo que eu sou. Ainda não encontrei meu caminho-ainda não encontrei meu caminho-ainda não encontrei meu caminho...

Chegamos ao final e não foi como eu havia dito ?

domingo, 7 de setembro de 2008

"Labirinto"


-"O único jeito de sair daqui é tentando uma dessas portas, uma delas te leva ao centro do labirinto aonde se encontra o castelo e a outra para a morte certa.. uuuhh .(cabeças de baixo iniciam o alerta)
- E qual delas é o que ?
- Ah, eu não posso dizer.
- Por que não ?
- Ah, olha.. Não sabemos. Mas eles sabem !(passam o jogo para as cabeças de cima)
- Ah, então eu pergunto a elas..
- Err, não pode perguntar a nós, só pode perguntar a um de nós ... (vermelho falando)
- São as regras e eu devo avisar que um de nós sempre diz a verdade e outro sempre mente, também são as regras. Ele sempre mente!(azul completa apontando para o vermelho)
- Eu não, eu digo a verdade!
- Ah, que mentira..
- Tabom, responde sim ou não. Ele me diria que essa porta leva ao castelo ?(garota perguntando para o vermelho e apontando para a porta a direita)
- Sim.
- Então a outra porta leva ao castelo e essa à morte certa!
- Ohhhh, como vc sabe? Ele pode estar falando a verdade...(vermelho retruca)
- Mas vc estaria mentindo, então se vc me disse que ele diria sim, é não.
- Mas eu posso estar falando a verdade.
- Ai ele que estaria mentindo, então se vc me disse que ele diria sim, eu sei que a resposta seria não..
- Pera ai, será que isso tá certo ?(vermlho pergunta para o azul)
- Eu não sei.. eu não intendi absolutamente nada!
- hahahahha .(coro das cabeças)
- Não, está certo. Eu descobri!"

haha
Muito bom!

Película ensaia o embate entre a lógica e o imaginário humano em um cenário quimérico ao som de David Bowie! No lugar aonde as coisas nem sempre são o que aparentam ser, uma garota simplória insiste no uso do raciocínio para ludibriar a fantasia em seu território.

sábado, 6 de setembro de 2008

Mais uma dose dessa, por favor...

O poder da palavra, sua qualidade curadora e encolerizante, penso mesmo que ela deveria ser vendida em frasco com uma bula, assim como a bela música! Este livro me foi caro a primeira vez em que eu li, como sua pré-indicação atestava, o sofrimento alheio fez apaziguar o meu espírito. Hoje não o procuro com as mesmas aspirações, simplesmente o apologizo!

"21 de agosto
Em vão estendo meus braços para ela, de manhã, ao despertar de um penoso sonho; em vão a procuro à noite em minha cama, quando um devaneio feliz e puro me iludiu, quando julgava estar sentado ao lado dela na relva, e lhe pegava na mão cobrindo-a de mil beijos.
Ah, quando, ainda meio tonto de sono, a procuro e a seguir desperto, uma torrente de lágrimas brota de meu coração e choro, desolado com o futuro sombrio a minha frente!
19 de outubro
Ah, esse vácuo medonho que sinto no meu seio! Muitas vezes penso... Se pudesse uma vez, uma só vez, apertá-la ao peito, todo esse vácuo haveria de se encher."

É... Esse foi o ano dos casos efêmeros; um deles arrebatador e o outro cretino, mas ambos em suspenso. Sabe, queria mesmo era provar um dedo a mais de cada um antes da última despedida.