Volto a mirar os olhos de ressaca, aqueles cuja força tem o poder de me atrair e arrastar de volta ao seu interior, à sua perfeição. Uma relação pérfida esculpida através da beleza do movimento suave e violento, o que tenho para te oferecer? Volto a te mirar porque passei toda a minha vida te buscando, gritando por seu nome. Seja no plano real ou onírico meus chamados sempre ressonaram com a mesma resposta: aquela que vem do mar. Tantos segredos que guardas de mim, estando na condição de mero amante respeito seu desejo de reserva, mas pouco posso poupar de sua privacidade já que minha atenção é toda sua. Me faz chorar e me faz sorrir estar a deriva de seu destino.
Ah, playa San Mateo de La Joya del Pacífico... A verve desse verso esta no sentido que tem o ato de respirar, inspiração e respiração, um estado de meditação em que o homem e a natureza se encontram. Nesse ambiente eu não passo de apenas mais uma rocha dessa costa que será desgastada aos poucos pela ação do tempo e do mar. Não penso em minha vida porque ela é um ser finito, enquanto que o mar infinito és. Podes me dizer que não já que agora sabemos a localização de cada pedra nesse planeta, mas às vezes eu acho bom não crer que o homem chegou à lua.
Não há ordem que o caos de suas ondas não perturbe e tão pouco pode a magoa e o ressentimento contra esse amor que sinto. Assim que seu chamado é a resposta para todas as minhas perguntas, bálsamo para todas as minhas angústias e direção única para meus passos.
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