sábado, 30 de agosto de 2008

Passado, passado, passado...

"Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos, em um dia nublado e gélido do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado. Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos da minha vida espiando aquele beco deserto."

Li, chorei, envolvi-me, mas não gostei desse livro e não poderia ser diferente. No entanto essa frase me pegou pelo calcanhar de aquiles, acho que sou, no fundo, traumatizado pelo passado, não nesse nível/tipo de pisique, da qual sofre o personagem, mas mesmo assim o temo, ele me espreita e eu tremo... Não quero mais saber disso e nem de nada, quero sim um caminho florido, um pouco de ar puro e uma pêra pra um eu sozinho lembrar do que for conveniente.

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