Dizem por ai que o amor é o mais torpe dos demônios, que apesar de ser "enfadonho, pueril e desumano" ele é também "lindo e necessário". Venho pensando nisso, além de tantas outras que ocupam minha mente, porém essa recebe uma atenção especial, as circunstâncias a imprimem, não quero negar o que li/disseram – já sou "do contra" por demais – quero é acrescentar! Novamente, imagino que apenas descrever relações/reações não atinge o âmago da questão que se mantém obscuro ou inacessível, no entanto minha vida não pode ser unicamente construída de hipóteses e sim, deve ser baseada em experiências – no final este será mais escrito pedante e simplório, um reflexo dos descaminhos em que me perco... Esse foi um dos pensamentos que motivaram esse texto: não, ainda, ter encontrado um rumo. Pensei, talvez esse seja um propósito, afinal não encontrar não deixa de ser uma forma de encontrar! Logo, não estou perdido, estou entretido, não estou parado - e isso é muto bom - estou em movimento, estou em permanente conflito com o que costumam chamar de "personalidade", deveriam apelidar esta entidade também de demônio, nunca vi nada atentar mais do que a minha.
Vc me faz bem, sim, de fato, em poucas vezes me senti tão venturoso, contudo também faz mal, acho que isso se explica simplesmente pelo pressuposto que afirma: um extremo necessariamente vai desencadear a idéia do seu oposto – do outro extremo. Assim, a felicidade não é nada mais que o princípio da infelicidade e a bondade pode e vai, naturalmente, despertar a maldade. E o amor? Bem, vcs sabem... Isso tudo me traz a idéia do "eterno retorno" que já merecia um texto a tempos (vide recordação do "trajeto chuvoso pós-primeiro capítulo")!
Logo-logo chegarei a conclusão dos meus pensamentos ou pelo menos ao final destas linhas, o que já é um progresso; quero explorar cada vez mais o inconciente dos meus desejos, sensações e sentimentos; quero explicitar como uma mescla de sentimentos podem e conseguem bloquear, erguer quase um obstáculo instransponível – como o eram os muros de tróia – para minhas ações; não só impedir como também toldar o fim que se alça a frente – tão perto – mas igualmente tão longe, acredito porém que um artifício, como o grande cavalo de madeira, poderia me permitir a vitória.
Estou agora, desabastecido e desabilitado, munido apenas desta angústia e ansiendade prementes. Fraco e asfixiado, cortejado somente pelas intempéries do tempo, gostaria de não perecer quando apenas faltassem umas poucas passadas, desejaria ser testemunhas de mais algumas calamidades ou talvez do alvorecer de uma nova era. Por ora, queria concluir desta forma: "o que poderia ser mais sério do que o amor de um homem por uma mulher, o que poderia ser mais imperioso, impresionante, trazendo em seu cerne a semente da morte?".
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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