Oh, é em ti que se amparam todos os meus anseios, no balanço da rede, envolto em suas memórias me meto em enleios. São os ventos que sibilam seu nome em melodias infinitas - das mais doces que já ouvi - celebrando as maiores graças que já tive! Se os Deuses me escutam, se os Deuses existem rogo-lhes um pedido, se puderam com sapiência e benevolência te conceber deverão saber e me farão crer que algum dia eu irei de revê-la! Se sofro é por ti e se tenho esperança, acredite, é nela que sustento minhas pernas, que agora dançam intediadas e reprimidas uma valsa sem par em um silêncio e escuro secular. Cançado desta estadia longa e resentida, me mantenho inapto a outras aventuras e só penso nos dias que já houveram, no dia que ha de vir - por favor - quando poderei cantar em tuas venturas! Acordar, depois de dormir e sonhar contigo, em seu regaço. Lenvantar com toda coragem e confiaça e te pedir em dança, por entre cipós, folhas e orvalhos trilhar em ti pelos mais belos prados e cumes. Sim, não sabes, mas é só vc que me satisfaz, gritaria a verdade para os ouvidos mudos desta cidade, venderia minha alma se de novo pudesses me deixar deleitar-te em tua calma. Todavia meu destino, esta sina maldita que não escolhi, desvencilha meu corpo - dor, desatino - pulula minha mente de interditos - puta, miséria - avança minha vida para o último outubro - surdo, luto.
Quando dos primeiros passos, naquela manhã de julho, embalado em bruma, um tempo frio que fazia eriçar os pelos dos braços, a solidão dos teus caminhos reconfortava meus mais fortes desamparos. Esquecia a vida, ignorava as penas, dizia adeus para as virtudes! Ah, quanta solicitude, para vencer seus perigos somente a juventude! Me feriu, me seduziu e hoje vivo, porém estou morto se não conduzido à tua plenitude. És por vc Paranapiacaba, que me escondo da vida, me entrego a quimeras somente para desvelar o segredo em tuas trevas.
Oh, nem que eu tenhas que dever a Caronte, revela-te em tuas telas, nas noites estreladas do horizonte!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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