"E esse amor, não o vê ninguém. A não ser talvez tão somente a lua, que flutua pelo céu e espia carinhosamente , através das frestas do telhado esburacado, para dentro do alpendre abandonado."
E tantos outros sentimentos que ninguém vê, ninguém sente? - Aqueles que guardamos no íntimo de nossas almas, que de maneira orgânica compõe o nosso ser - quantas vozes silenciadas, quantos gritos suprimidos, quantos âmagos dilascerados! Da mesma forma o outro. Tantos semblantes anônimos e reprimidos - ignorados - vc, simplesmente, não imagina que aquele vulto passando entre outros milhões quais vc também irá cruzar caminho está chorando ou se ele está gozando o melhor dia de sua vida. Não é tão fácil ou muito menos simples desnudar uma indivíduo de suas emoções somente com o perscrutar dos olhos. Quem consegue ou se interessa por ouvir esses murmúrios desconhecidos? Não conhecemos a ninguém, não conhecemos a nós mesmos! Quem está do seu lado e diz que sempre estará podes lhe fingir amor, quem está ao longe e não se vê podes lhe dever fascínio. Não nos convidamos a penetrar surdamente no reino de outrem, não nos permitimos a ceder passagem àqueles que demonstram querer ser bem-vindos.
Viveremos isolados, individualizados e fechados em nós mesmos? Nesse mundo de caráter cada vez mais egoísta é provável que sim. Talvez seja a nossa natureza, talvez seja um comportamento induzido/imposto? Quem sabe? Simplesmente não nos
perguntamos...
domingo, 22 de março de 2009
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Um comentário:
Estive a pensar e debater com outrém quanto do "oi, tudo bem?" é sincero, disposto e pleno. Normalmente se diz e se ouve simplesmente, sem respondê-lo ou escutá-lo como realmente é.
Se pensarmos também nisso, é de doer...
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