Se existe, já faz muito tempo que se foi; os mesmos novos ares que buscava foram os que a levaram para longe de seu par. Mas será mesmo que foi ela quem me abandonou ou ao contrário? Estará me esperando em algum lugar, cujo o conjunto do ambiente, espera no fazer reconciliar? Estará magoada e arrenpendida de ter partido? As vezes penso que nasci mesmo para viver despedaçado. Como prato quebrado onde mil cacos se espalham pelo chão... por mais resoluta que seja a escova que varre sempre havará daqueles que se infiltram no frestas mais inacessíveis dos móveis.
Assim também é a condição em que - imagino - se encontra essa outra parte de mim que me abandonou. O que deve estar fazendo enquanto isso? Pior que essa minha fase não-linear de leitura e redação é essa desorganização de lembranças e pensamentos que agora reina em minha cabeça. Não tenho idéia do que eu seria se esta outra metade aqui estivesse; talvez esse desconhecimento, que eu possa estar confundindo com esquecimento, explique o fato de eu estar sentindo falta dessa parte ausente. E donde será esse lugar tão melhor do qual eu vivo hoje? É raro ouvir de novo sua voz, engraçado mas parece mesmo que as reminiscências no fazem cócegas na barriga.
Certo mesmo é que eu não vou me desgastar na espera e tampouco na procura, o que tenho aqui é demais precioso para que eu me aventure por eldourados invisíveis. Entretanto, o que não posso negligenciar também é a possibilidade de que algum dia esse rio que conduz a minha e a história de todos me leve para lugares aonde nunca sonhei estar.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
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