segunda-feira, 20 de julho de 2009
Into the Wild
"Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me..."
Quando vc já está cansado de ouvir as mentiras de teus pais e amigos, quando aquelas vozes desconhecidas no seu interior já deixaram de sussurar e agora fazem um escarcéu em sua mente; te impelem pra frente, como o vento gélido que sopra veementemente do norte, pro desconhecido, em busca da verdade. Um destino que não volve às costas, que caminha arrastando consigo o que somente ele conseguiria enxergar e larga assim, um rastrilho de pólvora que a sua sombra ou a ausência dela fará acender. Me disseram que nós só amamos realmente àquilo que não mais seguramos em nossas mãos e foi o que eu deixei para vcs, a sua verdade das tuas palavras.
Sinta isso! Sinta na carne o enxame de poeira e lembranças - nas palavras que eu anotei e escrevi da própria língua que semperteava inquieta na minha boca - destes sons inteligíveis e ásperos encontrei a verdade que eu procurava. Mas quem disse que os homens se saceiam com tão pouco? Society-society-society! Gritei tantas vezes para vc me escutar, mas o que restava no ar era o seu deboche e um sorrriso de incredulidade; o que agora a sua face me reservaria? Das impressões que o meu rosto transparece eu não posso deixar nada mais para vc do que as linhas destas poucas folhas que ainda me restam.. Vc agora não pode me ver, não pode me sentir, nem escutar, mas eu estou feliz e juro para vc que eu nunca me senti tão bem!
Por que os homens não reservam alguns dias da sua vida para esta verdade? Eu sei - existem muitas e das quais poucos estão interessados - e de quem é esse interesse pelos outros homens se não dos próprios homens? Entretanto nós, os homens, nos fechamos ao próximo e não compartilhamos nossos mais magníficas verdades/tesouros. "Pegue na minha mão, suba por essas pedras, tome cuidado!... isso, eu te mostrarei a minha verdade", "ela estará além das montanhas, no infinito, aonde os homens comuns não podem ver?" vc me perguntaria.. Não, ela está neste panorama e só quem 'quer' e não quem 'pode', verá.
Faz muitos e longos anos que eu me permiti a estas venturas, um aventureiro solitário e errático, aonde estive em todos os outros dias da minha vida? Parece que eu perdi muitos instantes antes de virar um supertramp, gastando o couro das minhas botas tento recuperar o tempo perdido. Hoje, no km 27 eu saberia estender a minha vida um pouco mais, talvez até os 50 anos ou 90, na verdade, até as minhas pernas agüentarem o ritmo... Por enquanto, o que é certo é ilinealidade da estrada e dos meus pesamentos ou a insatisfação que encalça cada um dos meus passos - sou um escravo dos meu impulsos e desejos.
Não, eu preciso exagerar um pouco mais! Nas palavras e nos atos, nas minhas idéias e sensações; viver é tudo e a morte é nada.
A minha felicidade estava na verdade no que eu inventei e o meu vazio na impossibilidade que o tempo me dera para compartilhá-la, pois é disto que esse filme trata e é disso que eu, Christopher Johnson McCandless, lhes contei.
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