Expressão viva, policromática e inebriente de um corpo/capa/dança sem fins objetivos; nessa experiência, o subjetivo prevalese permeado por nuâncias de racionalidade. Creio que melhor do que definir, seja por a prova o gosto de tal espalhamento artístico e sobretudo humano. Porque o que se apresenta, além das cores e movimentos é algo inconfundívelmente humano, fruto conflitantes ânsias, sentimentos, forças criativas que se degladiam para trazer a luz este ensaio de elevação!
A elaboração, a teoria por trás de tal comoção plástica tece a complexidade de um pensamento intimamente ligado ao âmago libertário. Quero dizer, a fluidez de tal criação nada mais é do que reflexo comum a todos os indivíduos, ou seja, trazemos isso dentro de nós mesmo. Se "museu é o mundo", então nosso ser é também, uma estrutura para exposição nem um pouco tradicional. Mas o que é um parangolé? Tomado pela ascensão do espírito por aquela nova manifestação concretista, mantinha dentro de mim a velha revelia contra as quebras de paradigma, porque um ou muitos dos meus eu's é intransigente, intolerante e reacionária. E apesar desta resistência intestinal eu conseguia sentir, apesar da convulção interna de idéia e condutas, a transmissão corpórea, visual, sensorial no caso, era completa, era significativa.
"Eu aspiro ao labirinto", era o que Hélio Oiticica dizia, ter como grande objetivo de vida o perder-se em si mesmo, me parece tanto com um ritmo de vanguarda como também uma proposta de suicídio da lógico, pois tudo que brota de nosso inconsciente pode ser tudo menos coerente. Assim, esse mergulho poderia trazer consigo grandes descobertas a respeito do gênero humano, entretanto estes mesmo dados se perderiam em qualquer tentativa de retorno a nossa realidade. Me mantenho são ou dou uma chance para a insanidade?
domingo, 9 de maio de 2010
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