Quando infante eu costumava girar, rodopiar sobre o meu próprio eixo, de encontro a aspiral-de encontro a sincope, o que eu prentedia? Minha inspiração estava no movimento pelo movimento e a minha aspiração alçava ao mundo da imaginação. Toda aquela jogo de criança contemplava na verdade o processo criativo; não era deliberado, não era voluntário, o que estava em questão em minha mente juvenil era o afã e a roda. Simples e tangível para qualquer ingênuo exemplar da minha idade, mas o que eu descobria ao poucos era o pacto tácito entre imaginação e criação. Acordo poético assinado entre artistas e o patamar etéreo sem cláusulas de restrição. Então, por que tão pequena adesão?
Questão de pouca valia para aquele que abstraia de um estado clínico efêmero as asas para a imaginação. Sim, eu diviso no estágio antecessor a perda de conciência um princípio ativo para a criação. Se nem todos os homens são iguais também nem todos os processos de produção artística o serão, logo o que tenho aqui a propor é apenas um deles, a vertigem criativa! Perceba com claridade no movimento, no silvo da brisa e no desequilíbrio dos sentidos aquilo que pode chegar a expressar um objeto de curiosidade, atração e em tantos casos, admiração. Refaça então seus passos até a idade em que essa revolta corporal era comum e encontre nestes instantes seus pensamentos mais instigantes.
Reviva aquela força motriz de idéias e imagens, perceba nos tons claros e luminosos destas miragens distorcidas da vertigem o que os homens taxados de artistas plásticos ou loucos libertários chamaram de obra de arte e não se acanhe ao revelar que a criação artística está dentro de vc, é inerente a raça humana e sua razão subjetiva de viver.
domingo, 23 de maio de 2010
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