sexta-feira, 19 de junho de 2009
Start your own Revolution
"O intelectual, um homem que associava à uma mais profunda respeitabilidade de que um homem é capaz uma incapacidade quase ridícula de traduzir em ação os próprios principios; um homem dado à beleza moral, ao bem-estar de sua gente, ao bem-estar universal, mas incapaz de levar a cabo algo de útil em sua vida pessoal; um homem que disperdiça sua existência provinciana mergulhado numa bruma de sonhos utópicos numa bruma de sonhos utópicos; que sabe perfeitamente o que é bem e em nome de que vale a pena viver, mas ao mesmo tempo afunda cada vez mais na lama de uma vida monótona, infeliz no amor, desesperadamente ineficiente em tudo - um homem bom que não sabe agir bem. É um infeliz este homem e torna, e torna os outros infelizes; não ama os próprios irmãos, nem as pessoas que lhe são próximas, mas somente as mais distantes. A sorte de um negro num país remoto, de um trabalhador chinês, de um operário dos Urais, causa-lhe uma crise de sofrimento moral mais aguda do que as desventuras do vizinho e as desditas da mulher. Eram homens que podiam sonhar; não governar. Arruinavam a própria vida e a dos outros; eram irresponsáveis, fracos, fúteis, histéricos."
É exatamente destes homens que quero tratar, apresentam-se como a vanguarda, creem em si como a "única solução", empunhados de idealismo e bravura enfrentam o inimigo, não temem a derrota ou o retrocesso, redem-se ao final do dia para na manhã seguinte recomeçar o combate. Devo admitir, são nutridos de um valentia ímpar estes de quem eu expresso simpatia, porém ao revés dessa virtude carecem de coração. Não digo que se furtam da tarefa de transformar suas palavras em luta, entretanto assevero-me de que não sabem por onde começar, não enxergam em seus próprios âmagos a necessidade de transformação, como podem então começar a revolução se não a iniciam de seu patamar básico? Não sabem do que trato? Pois bem,lhes digo, seus próprios intimos, visto que é dali que se escondem os piores e mais vis inimigos, da onde nascem suas piores fraquezas, a fonte original que derrubou toda e qualquer forma de humanitarismo: o individualismo.
Esse egoísmo torpe os corrompem e eles o desconhecem ou simplesmente negam sua vitalidade. Fruto inato da espécie humana, esse poder negro e baixo desvirtou todos os projetos que algum dia reivindicaram um caminho/alternativa para a história, fizeram de sua matéria fruto para escárnio e deixaram para trás, após banquete e fartura, apenas mártires e insurrectos devaneios. Não gostaria de admitir nestas linhas minha índole pessimista, entretanto não pretendo me entregar a esperanças vãs.
Acredite eu sei do que digo, minhas córnias contaram testemunhos, minha memória guarda-os com decepção e amargura. Se vcs arrogam para si o papel de reformadores dessa sociedade/sistema que me façam antes acreditar que esta verdade corre também em suas veias, que sua utopia visionária fez, antes de progredir pelos prados e ruas, a mudança premente em suas mentes. "Start your own Revolution" e que ela comece de dentro e se expanda até os confins do infinito, que faça os homens sentirem e confiarem nesse novo e tantas vezes já prometido sentimento, essa meus caros é o primeiro passo a ser dado, pois tem em seu cerne o fim último.
Deve estar claro a quem esta carta ou depoimento se dirige. Não me entrego completamente, mas sigo e sirvo nas mesmas fileiras, pois as noite urgem por novas história, distoantes das que já são sabidas; declarações de paixão e comoção que venceram as adversidades e trouxeram em seus seio o fruto bem amado dos desamparados. Pois é preciso a doação própria, seja o sangue ou os bens, daqueles que querem mudar. Que mundo maravilhosos despertaria das trevas do desigualitarismo se as preces de qualquer puro coração infantil fossem ouvidas e atendidas, os pesadelos de uma noite mal dormida não seriam realidade ao despertar e as turbas famélicas não teriam mais porque ganir.
Então demos nossas mãos e cantemos porque as palavras "meu, minha" foram extirpadas de nosso vocabulário e agora só conhecemos o que é nosso!
"Não me atirarei, como Gárchin, no vão da escada, mas também não viverei na esperança de um futuro melhor."
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário