domingo, 4 de outubro de 2009
Abro minha janela,...
... meu amparo, meu sustento, as raízes fincadas na terra e no concreto dão a base para meu lamento; não te condeno a servidão dos meus sentidos, teu destino é crescer e tomar as estrelas, pois se da matéria morta te alimentastes não será o céu o limite de tuas hastes. E seus vasos, onde percorrem a seiva da tua intensidade, me estimulam a produzir o libido de minhas vontades pois, por vc sou todo encantos e devoção, não há na Terra tamanha força que me traga maior vertigem ou libação. Dignidade em cada folha, exuberância em cada flor, será apenas o vigor dos nutrientes e minerais que te elevam de todo este horror? A vc, cedo todos os meus segredos para depois me curvar diante de seus ensinamentos, não penso que somente palavras provarão meu acatamento, acho antes que a água que entorno em seu solo lhe oferecerá melhor acalento.
Não tens nome, não tens espécie; não te encontraram função produtiva ou valorizativa.. tens apenas o frescor e a punjância de um fruto após a primavera.
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