Não é possível mudar a personalidade de uma pessoa em uma hora? Quem levantou tal proposta, hasteou tal bandeira, defendeu tal idéia? Fomos condenados então, a existir dentro dessa pessoalidade como uma camisa de força desde o nascimento? Me aconcelharam desde a primeira idade que eu deveria ser sempre o mesmo, mas nunca me contaram o que aconteceria se eu fosse outra pessoa. Mergulhados em nós mesmos nos omitimos ao conhecimento da superfície e que espetáculos maravilhos não nos permitimos a vivenciar? Quem nos deu esses olhos, nos concedeu o olfato, tato, audição não queria que os exaurissemos em movimentos mecânicos e repetitivos, libertos desse tal utilitarismo convencional. Eles são os instrumentos previlegiados para aquilo que chamamos experiencia.
Moderados interna e externamente negamos a pontencialidade do mundo a nossa volta. Os homens movidos por um progresso irrefreado abriram mão da liberdade em favor da civilização, tolheram aquilo que os separavam dos animais para existirem como eles - instituição cunhada aqui como Coletivo Humano. A individualidade como subproduto dessa ordem é tida como um distintivo dentro de uma massa homogênea. Engano perpetuado desde as mais longíquas gerações, afinal esse traço é quase um caractere genético. Como donos de uma personalidade una tencionamos a nos fechar àquilo que nos é incompatível, pois como código pessoal ele não somente significa auto-arbítrio, mas também auto-censura. Logo, resistir às influências externas é também negar o processo pelo qual nós fomos formados.
Como é possível mudar então, uma coisa que está em constante mudança? Transformar algo que em essência esta submetido a fatores das mais diversas esferas, a experiências dos mais complexos níveis, a uma estrutura das mais frágeis? Liberdade não é apenas fazer aquilo que ser quer, é sim, do mesmo modo, dar liberdade àquilo que nos quer tocar.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
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