Que diferença existe entre o que eu quiz dizer e o que vc entedeu, não? Apesar de lançarmos mão das mesmas palavras, compartilharmos o mesmo arsenal gesticular e bebermos do mesmo caudal cultural, ainda assim não nos entendemos, por que? Um abismo nos separa e ele foi cavado por essas ambivalências que produzimos em nossos diálogos; conversas que passam pelas banalidades do cotidiano até as grandes verdades que governam o mundo. Existem também aqueles temas sobre os quais no calamos e que a despeito da intimidade nos são tabus. Então, estamos destinados a toda vida a sermos mal entendidos?
Na verdade não, porque nós sabemos que nossas interpretações erradas nunca serão esclarecidas, simplesmente porque é mais fácil dizer "deixa pra lá". O constrangimento é evitado e não destruimos as ilusões alheias, afinal não queremos consentir com esses esquema viciado que o mundo nos colocou, certo? Eu pelo menos sempre obedeci a minha inclinação pessoal de andar contra a corrente, sabe? Lembro bem daquele dia em que vc me ensinou a verdade desse ato e corri atrás por igual caminho, não importando as concequências. Quando estaremos maduros o suficiente para entender que a dor é das experiências mais propícias pela qual nosso semelhante pode nos educar? Encerro esse parágrafo com mais essa contradição e que é a minha vida se não uma coleção delas?
Eu queria mesmo seguir minhas próprias regras e não submeter meu comportamento as convenções socias, áquele velhos protocolos que me fizeram abdicar da minha personalidade e me obrigam a mentir todos os dias para ser aceito. Mentir inclusive para vc - aquela que eu sei - nunca me ofereceu mais do que inverdades.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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